sexta-feira, 8 de julho de 2011

TAM desativa frota regional da Pantanal e corta cinco destinos

A TAM encerrou nesta quinta-feira a operação de voos regionais pela Pantanal Linhas Aéreas, empresa adquirida pelo grupo em dezembro de 2009. As três aeronaves ATR-42, com capacidade para transportar 45 passageiros, foram desativadas. A companhia continuará a operar com seis aeronaves Airbus de grande porte.

Ao desativar as aeronaves regionais, a TAM também decidiu deixar de voar para cinco cidades do interior com a Pantanal: Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Araçatuba, Juiz de Fora e Uberaba. A empresa diz, em comunicado, que os passageiros desses destinos ainda podem contar com o serviço da TAM e da Trip, empresa que negocia a venda de ações à TAM.

Aeronave ATR-42 da Pantanal; modelo foi desativado
“Em busca de oferecer serviços de mais qualidade e regularidade aos clientes, a companhia optou por concentrar desde já a operação dentro dos padrões da TAM”, disse a empresa.

Cada vez menos regional
A Pantanal ainda consta na lista de membros da Associação das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar). Mas, desde que foi adquirida pela TAM, a Pantanal tem perdido seu “DNA” regional. Atualmente, a empresa oferece voos para 17 cidades, mas apenas três delas não são capitais.
Antes de a TAM comprar a companhia, ela voava a partir do aeroporto de Congonhas, no centro de São Paulo, para seis cidades do interior: Araçatuba, Bauru, Presidente Prudente e Marília, em São Paulo, Juiz de Fora (MG) e Maringá (PR). A partir desta quinta-feira, apenas Bauru continuará a ser atendida pela empresa.

Com a compra da Pantanal, a TAM incorporou 133 slots (horários de pouso ou decolagem) em Congonhas, o mais rentável do país. A empresa passou a usar o espaço no aeroporto para voar para destinos mais rentáveis, como a ponte aérea Rio-São Paulo.

Lembre mais:

No início de 2010, a TAM anunciou que deveria renovar a frota da empresa e chegou a cotar jatos da Embraer, com 100 a 150 assentos. Em entrevista ao iG em julho do ano passado, o presidente da companhia, Líbano Barroso, disse que a TAM deveria encomendar em 2010 entre 15 e 20 aeronaves para a Pantanal. Até o momento, a TAM não definiu um plano de frota para a empresa.

A expectativa no mercado é que a TAM, no futuro, deixe de utilizar a marca Pantanal e incorpore os voos da empresas à malha da TAM. A companhia, no entanto, afirma que continuará a operar a bandeira.
As negociações da TAM para comprar 31% do capital da Trip, anunciadas em março deste ano, devem prejudicar ainda mais o futuro da marca Pantanal. A tendência é que a Trip seja escolhida para representar o grupo TAM na aviação regional.

No setor aéreo, há um consenso de que, mais do que as rotas para o interior, a aquisição da Pantanal foi relevante para a TAM pela sua posição em Congonhas. De fato, um ano e meio depois, os slots foram mantidos, mas a malha perdeu o viés regional.

FONTE: PORTAL IG

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